sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Bullying e suas consequencias


Bullying (anglicismo, bullying, pronuncia-se AFI: [ˈbʊljɪŋ]) é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.
Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida.

O caso de Amanda Todd, a adolescente que cometeu suicídio por sofrer bullying





Amanda, que tinha apenas 15 anos, cometeu suicídio na semana passada. O que motivou a garota a tomar essa atitude? O bullying e o cyberbullying que sofreu dos colegas de escola.

ENTENDA COMO TUDO ACONTECEU:

Amanda tinha 12 anos quando tudo começou. Ela estava numa sala de bate-papo com amigos, conhecendo e conversando com outros usuários. Ela recebeu diversos elogios dos garotos e foi induzida a mostrar partes de seu corpo.
Um ano depois,  uma pessoa que estava no chat entrou em contato com Amanda pelo Facebook e disse que se ela não “fizesse um show para ele”, ele iria mostrar os prints (da tela do bate-papo) para amigos e familiares de Amanda.
Essa pessoa ainda chegou a persegui-la. Ele sabia de tudo: onde ela morava, onde passava as férias, quem eram seus amigos…
As fotos foram enviadas para todos e, então, Amanda começou a adoecer: ela sofria com ansiedade, depressão e pânico. E assim, passou a usar drogas e álcool.
Um ano se passou e o “bully” de Amanda voltou: ele criou uma página no Facebook onde a foto do perfil eram os seios dela.
No vídeo em que fez para contar sua história, Amanda disse que “chorava a noite toda, perdi todos os meus amigos e o respeito deles“. Ela sofria com os xingamentos, os julgamentos e sofria ainda mais por não poder tirar aquelas fotos da internet.

http://www.youtube.com/watch?v=i_TH_fG_gw4

Com tanta tristeza e se sentindo pressionada, Amanda passou a se automutilar.
Ela mudou de escola e ficava sozinha, todos os dias. Até que, depois de um mês, ela conheceu um garoto mais velho. Ele disse que estava gostando dela, mesmo tendo uma namorada.
Ela foi iludida e acabou se envolvendo com o menino.
A namorada, junto com outras 15 meninas foram tirar “satisfação” com Amanda e a humilharam em frente a escola. Além disso, ela também sofreu agressões físicas desse grupo de colegas. “Algumas crianças filmaram tudo. Eu estava completamente sozinha e deixada no chão“, disse Amanda em seu vídeo-depoimento.
Amanda voltou para casa e tentou se matar tomando alvejante. Depois de ser internada e voltar para casa ela passou a receber mensagens de ódio como “Ela merece!” e “Espero que ela morra!”.
“Eles diziam: eu espero que ela veja isso e se mate.”
Amanda se mudou para a casa da mãe. Seis meses se passaram e pessoas ainda enviavam fotos de alvejantes e produtos de limpeza para Amanda.
“Eu sei que errei, mas por que eles continuam me perseguindo? [...] Todos os dias eu me pergunto: por que ainda estou aqui?” a garota se questionava.
Amanda ainda teve overdose por ingerir remédios anti-depressivos . Há uma semana, o corpo da garota foi encontrado. Ela havia se enforcado.


HOMENAGENS

Uma página memorial foi criada no Facebook para a adolescente e pessoas de todos os cantos estão prestando homenagens à Amanda escrevendo recados e postando nas mais diversas redes sociais.

http://www.facebook.com/pages/RIP-Amanda-Todd

Amanda também foi assunto abordado no trending topic do Twitter durante o final de semana e vários vídeos sobre a morte de Amanda foram postados no YouTube.
Não teria sido melhor apoiar e ajudar Amanda enquanto ainda estava viva? Como a própria garota disse, ela estava se sentindo sozinha.
“Eu não tenho ninguém. Eu preciso de alguém.”
Vamos lutar para que esse tipo de violência acabe!

(MELISSA MARQUES)





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