sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Por um sinal de justiça

Falar sobre a igualdade para muitos é assunto proibido, digno de uma mudança radical nos rumos da conversa. Mesmo que a mídia incorpore em suas programações, editoriais e pautas ainda tornam-se algo inconcebível para as mentes mais fechadas.
Na verdade para muitos, não tem como falar sobre desigualdade sem citar algumas figuras ilustres como exemplo. Como iniciar um diálogo mais sucinto sem mencionar um nome digno de méritos, o “Marcão”. O “Marcão” é um exemplo de preconceito marcante de um Brasil sem fronteiras.
Filho de nordestinos, descendente afro-brasileiro, homossexual assumido e portador de deficiência visual, ele foi capaz de mudar a própria sorte em favor da construção de um caminho melhor para uma sociedade pouco politizada e carente de valores morais.
Enquanto uns e outros pregam a intolerância e dilaceram a alma direcionando seus mandamentos com um único intuito, o de se dar bem, o “Marcão” comprova diariamente que é possível evoluir sem passar por cima de suas convicções ético-sociais.
  Ao invés da maldade estampada nos olhares da discriminação ele oferece por cada gesto, por cada atitude, a cara à tapa, enfrentando diariamente a insensatez e a discórdia. Vitima de malfadadas línguas anda de cabeça erguida pelas ruas.
Para onde fugir? Onde se esconder? Alternativas não lhe faltam. Alguns optam pelas drogas, outros certamente se prostituiriam por uma miséria, e indo mais adiante, a porta da criminalidade permaneceria aberta esperando apenas o seu bater e assim trancar-se em uma sala sem janelas para respirar.
Na lida diária contra a forma de autoritarismo de uma sociedade doente que sangra por justiça, todos nós devemos direcionar os esforços na luta contra tal intransigência ou agrupar-se nas fileiras do racismo contemporâneo e disfarçado por bocas hipócritas que se julgam livres de pré-conceito.

Por Jardel Casemiro

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