terça-feira, 20 de novembro de 2012

Zumbi dos Palmares


Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem.
Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte anos.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz.
Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.
O Quilombo dos Palmares, localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas, era uma comunidade formada por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal, no atual estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo.
Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos).
Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695.
Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro.
Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.
Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."

(Busto de Zumbi dos Palmares em Brasília)


Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra.
Atualmente, o dia 20 de novembro é celebrado como Dia da Consciência Negra. O dia tem um significado especial para os negros brasileiros que reverenciam Zumbi como o herói que lutou pela liberdade e como um símbolo de liberdade.

(Placa sobre o Zumbi dos Palmares em Salvador, Bahia)




"A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a nossa vida."
(Miguel de Cervantes)



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Em memória de Amanda Todd


Esta atitude tem que acabar
Quantas vidas irão terminar
Um erro ,uma eterna punição ?
Uma criança com inocência e um bom coração

Pessoas que com a vida dela acabaram
Nem ao menos a entender tentaram
Uma tortura que só acabou
Por que a jovem se suicidou

Por tanto ser julgada
Por tanto ser humilhada
Sem ninguém para ajudar
Sem um ombro amigo para chorar

Não poder ser ouvida
Pouco a pouco acabando com sua vida
Como podemos chamar isso de sociedade
Se não temos respeito e nem igualdade ?

Como as pessoas podem pressionar
Fazer uma pessoa se acabar
Como uma pessoa consegue fazer
Um alguém querer parar de viver ?

Como podem sorrir ?
Como podem dormir ?
Como ainda podem respirar?
Se com uma vida podem terminar?

Esta pessoa nunca sera esquecida
Ela lutou mesmo estando enfraquecida
Quando isso irá acabar
Quantas vidas ainda vão ter que acabar?

Bullying e suas consequencias


Bullying (anglicismo, bullying, pronuncia-se AFI: [ˈbʊljɪŋ]) é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.
Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida.

O caso de Amanda Todd, a adolescente que cometeu suicídio por sofrer bullying





Amanda, que tinha apenas 15 anos, cometeu suicídio na semana passada. O que motivou a garota a tomar essa atitude? O bullying e o cyberbullying que sofreu dos colegas de escola.

ENTENDA COMO TUDO ACONTECEU:

Amanda tinha 12 anos quando tudo começou. Ela estava numa sala de bate-papo com amigos, conhecendo e conversando com outros usuários. Ela recebeu diversos elogios dos garotos e foi induzida a mostrar partes de seu corpo.
Um ano depois,  uma pessoa que estava no chat entrou em contato com Amanda pelo Facebook e disse que se ela não “fizesse um show para ele”, ele iria mostrar os prints (da tela do bate-papo) para amigos e familiares de Amanda.
Essa pessoa ainda chegou a persegui-la. Ele sabia de tudo: onde ela morava, onde passava as férias, quem eram seus amigos…
As fotos foram enviadas para todos e, então, Amanda começou a adoecer: ela sofria com ansiedade, depressão e pânico. E assim, passou a usar drogas e álcool.
Um ano se passou e o “bully” de Amanda voltou: ele criou uma página no Facebook onde a foto do perfil eram os seios dela.
No vídeo em que fez para contar sua história, Amanda disse que “chorava a noite toda, perdi todos os meus amigos e o respeito deles“. Ela sofria com os xingamentos, os julgamentos e sofria ainda mais por não poder tirar aquelas fotos da internet.

http://www.youtube.com/watch?v=i_TH_fG_gw4

Com tanta tristeza e se sentindo pressionada, Amanda passou a se automutilar.
Ela mudou de escola e ficava sozinha, todos os dias. Até que, depois de um mês, ela conheceu um garoto mais velho. Ele disse que estava gostando dela, mesmo tendo uma namorada.
Ela foi iludida e acabou se envolvendo com o menino.
A namorada, junto com outras 15 meninas foram tirar “satisfação” com Amanda e a humilharam em frente a escola. Além disso, ela também sofreu agressões físicas desse grupo de colegas. “Algumas crianças filmaram tudo. Eu estava completamente sozinha e deixada no chão“, disse Amanda em seu vídeo-depoimento.
Amanda voltou para casa e tentou se matar tomando alvejante. Depois de ser internada e voltar para casa ela passou a receber mensagens de ódio como “Ela merece!” e “Espero que ela morra!”.
“Eles diziam: eu espero que ela veja isso e se mate.”
Amanda se mudou para a casa da mãe. Seis meses se passaram e pessoas ainda enviavam fotos de alvejantes e produtos de limpeza para Amanda.
“Eu sei que errei, mas por que eles continuam me perseguindo? [...] Todos os dias eu me pergunto: por que ainda estou aqui?” a garota se questionava.
Amanda ainda teve overdose por ingerir remédios anti-depressivos . Há uma semana, o corpo da garota foi encontrado. Ela havia se enforcado.


HOMENAGENS

Uma página memorial foi criada no Facebook para a adolescente e pessoas de todos os cantos estão prestando homenagens à Amanda escrevendo recados e postando nas mais diversas redes sociais.

http://www.facebook.com/pages/RIP-Amanda-Todd

Amanda também foi assunto abordado no trending topic do Twitter durante o final de semana e vários vídeos sobre a morte de Amanda foram postados no YouTube.
Não teria sido melhor apoiar e ajudar Amanda enquanto ainda estava viva? Como a própria garota disse, ela estava se sentindo sozinha.
“Eu não tenho ninguém. Eu preciso de alguém.”
Vamos lutar para que esse tipo de violência acabe!

(MELISSA MARQUES)